sábado, 5 de dezembro de 2015

Sem cigarros na paisagem.

A menina estava sentada, num balanço qualquer naquele labirinto em que estava perdida. Sem pensar, pegou um maço de cigarro que estava dentro do bolso da sua jaqueta. Fazia frio acentuado por um vento não muito forte. Ela usava botas de couro, com meias grossas que iam até o fim de sua coxa, onde começava sua jardineira simples. Seu isqueiro estava no bolso frontal da jardineira. Acendeu um cigarro e deu uma tragada. Suspirou. Sentiu o leve toque de outono em seu rosto, com as folhas caídas da árvore onde estava o balanço que estava sentada. E por alguns segundos ela pensou ter achado a paz, com o sol descendo, longe daquela hipocrisia estúpida das pessoas, que diziam “Ô, que bom Adalaine você conseguiu”, mas no fundo ela sabia o que aquelas palavras significavam para os amigos de seus pais, tios e tias, primos e primas. Que ela finalmente estava criando um “jeito” na vida. Ela nunca precisou de jeito algum, ela só queria ser ela, queria ir embora, sair desse lugar onde ficava rodeada de pessoas, mas continuava se sentir só, mais do que normal. Diziam que estariam sempre ao seu lado. O engraçado é que nunca se queixou, ficava quieta; na frente de muitos era criticada, mas ela sabia que aquilo seria passageiro, como foi o verão, como foi até aquele momento. Então, na surdina, ela era quem realmente queria ser. Autêntica. Heidegger diz que uma pessoa autêntica é solitária. Por mais que ela fosse, ainda conseguia achar felicidade em outras pessoas, o problema era se apegar a essas pessoas e depois elas desaparecerem. Ficou com medo de ser ela de novo, mas percebeu que aquilo era consequência da vida. E que apenas os verdadeiros ficam. Os que não fingem ser algo que não são.
Ela olhou para aquele cigarro entre seus dedos e pensou, não vou estragar essa paisagem com você, e pegou seu maço, e colocou o final do cigarro dentro dele, apagando. Observou aquele objeto e ficou pensando por quanto tempo aquilo foi seu “amigo” nas piores horas, e percebeu a metáfora, existem coisas que fazem nos proporcionam uma sensação de bem estar, mas acabam nos matando por dentro.
Esperou a fumaça terminar e colocou de novo no bolso da jaqueta. Como iria fazer para voltar? E se iria fazer? Estava tão bom, vendo as cores que o céu fazia naquela tarde, tons diferentes, como um Monet. Sorriu pensando naquilo, refletiu sobre o Monet ter pintado aqueles quadros exatamente para pessoas que não poderiam ver o que o mundo pode nos presentear. E olhar pelo menos três segundos, e lembrar da beleza ao nosso redor. Maldição são aqueles que não admiram e dizem ser perca de “tempo”. Mas Adalaine sabia que a arte ajudava mais que qualquer cigarro ou álcool do mundo.

(me desculpem pelo meses que fiquei sem postar)
Espero que tenham gostado!


segunda-feira, 13 de julho de 2015

Emprestador de roupa!

Primeiro, me desculpem, duas semanas sem postar, mas o fato foi está sem internet. Segundo, embarco em uma nova viagem, e lá espero realmente postar, ou pelo menos tentar!
 Agora uma parada para um pouco de aprendizagem, eu acho:
 Irmã, sinônimo de:
·          perturbadora da sua vida,
·         pessoa que ama e atura,
·         inimiga; mas melhor amiga,
·          cúmplice de um crime no plural dela mesma,
·          melhor psiquiatra depois da mãe, ou contrario,
·         Ciumenta
·         Briguenta
·         Ajudante,
·         Tem vontade de esganar o ex da outra,
·         Puxa saco
·         Mongol, estranha, ou algo do tipo,
·         Emprestador de roupa
·         Chantagista
·         As vezes, legal,
(...)
Mas no final de tudo,
·         Todo mundo ama, ou seja essencial 
·         E inventou de passar um ano fora.

 Isso, como podem ter percebido é para minha irmã, 
que decidiu ir morar fora e já sabe da saudade 
que vai deixar, e amamos muito!!!
Delaila 

domingo, 21 de junho de 2015

A preguiça e o seu dia

Vou lhes contar um segredo, na verdade não posso dizer que isso é um segredo. Mas eu amo os domingos de manhã, até me irrito às  vezes porque é o único dia que posso dormir até tarde, mas quando saio do meu quarto e vejo aquele céu azul que parece não ter fim, junto as nuvens brancas como algodões e os pássaros voando em coletivo. É um dia que gosto de explorar e fotografar, normalmente deito na rede da varanda e relaxo.
Por que não amar domingo? O único detalhe ruim é saber que no outro dia, tudo começa de novo, mas acho que se não tivesse que começar tudo de novo, não amaríamos tanto os finais de semana e nem sequer os prestigiaríamos. Eu me sinto criança quando é domingo, acordando sempre da mesma forma, escutando meu pai tocar, ou violão ou baixo, não importa se é a mesma musica, mas sinto que posso passar o dia todo naquele momento. Eu entro na sala de ensaio e lá está ele, tocando calmo e em seu mundo, tanto que nem  percebe a minha presença. Hoje falei pra mamãe, que quando for morar fora, vou gravar vários cd´s, só com músicas do papai, tocando junto aos pássaros, pra quando eu estiver só, ficar escutando.
Teve um domingo que nunca esqueço, na verdade vários, mas o mais recente, foi há poucos dias atrás. Como se sabe dia de domingo é  dia de casa da avó e lá estava eu, no carro com meus pais, de pijama ainda, me deitei no banco de trás e fiquei observando o grande azul do céu, e revi tudo aquilo que via quando menor, os formatos das nuvens, lembro bem de fazer competição com minha irmã de quem achava mais formatos de nuvens. Ela sempre ganhava, claro, mas eu sempre dava um jeito, óbvio. Aí me levantei pra falar algo pro meus pais e vi um carro passando por cima de algo que se movia lentamente na avenida e logo carro à nossa frente logo parou.  No primeiro momento jurei que era um cachorro, já ia entrar em prantos, depois pensei que era um pedaço de madeira. Mas a criatura estava se mexendo, ops! É um bicho preguiça. “Paaai, para, para, para!”, “Julio para!”, “Já parei!”. Foi mais ou menos assim, e o nosso carro estava ao lado da preguiça, na verdade, um pouco mais a frente, e a preguiça se mexia, devagar mais com foco, eu vou descer, pensei, e olhei pra minha vestimentas, claro, eu estava de pijama! Quando percebi, todos os carros atrás, estavam parados, vendo a preguiça, e quando percebi, veio um moço, pegou a preguiça e a carregou de volta para o zoobotânico, que era bem na frente. Pensei aquilo como capa de jornal, “ Preguiça foge! Como? Por que?” . Bem o porquê dá  até entender, mas eu  prestigio essa preguiça até hoje, uma preguiça! Fugiu, e ninguém percebeu! Só depois, claro! Eu diria, animal esperto.
Fico emocionada toda vez em que lembro dos carros parados esperando a preguiça passar. Eu até hoje me arrependo de não ter ido lá pra dá um mega abraço nela, porque sempre fui apaixonada por preguiças, talvez seja por isso que eu seja um pouco preguiçosa. Os domingos são mesmo surpreendentes, uma preguiça aparece ali, um pequeno ato de amor surge pelo simples fato de todos os carros pararem e o moço pegar a preguiça.

Ou, domingos é mesmo o dia da preguiça.

domingo, 7 de junho de 2015

...


Fico no meu quarto, no meu canto, escutando Engenheiros do Hawaii e lendo O mundo de Sofia. Muita gente questiona uma pessoa que ler e ouve música ao mesmo tempo, eu não sei como consigo, mas é só me concentrar. 
Normalmente eu leio e gosto de escutar a música ao fundo, como se a música estivesse entrando no livro, na história e no fundo de cada conversa tivesse um ritmo, fazendo-me sentir mais perto das palavras. 
É quando me sinto em paz. Quando me sinto feliz, quando nem hora, nem o dia importa. 
Lembro de estar em um jantar com minha família e apenas curtir o momento, sem saber o que ia vir depois, sem saber o que estava acontecendo, só planejando viajar. Mas são nesses dias que percebemos como somos felizes, quando nada importa. Aonde conversamos sem se preocupar com o mundo fora. São os momentos passando mas ficando sempre dentro de nós.

Espero que tenham gostado!

(Novidades pro blog logo iram chegar!)

domingo, 24 de maio de 2015

A cada Aeroporto

Das vindas e idas em aeroporto, já me ocorreu tantas coisas, micos, correrias, risos, vergonha, e muito mais. Acho que aeroporto é local de histórias, aonde terminam e do outro lado começam, porque aonde tem fim, tem inicio. Não falo isso em sinal de gabação, que viajo muito para ir em aeroporto falo isso, com cada
historia que vi e vivi. Quando entramos na sala de embarque já estamos ansiosos para o nosso destino, e com saudade da nossa casa. Ou quando voltamos, com saudades dos momentos vividos na viagem e ansiosos para matar a saudade que deixamos.
Entrando no avião, já não vemos a hora de chegar ao destino e começar mais uma aventura. E as situações que passamos nos aviões? Dar sempre em piada de Stand Up.
Já viajei daqui pra lá, mas não esqueço de cada local que pisei, e cada risada que dei. As vezes as pessoas estão estressadas e nem tem tempo parar pesquisar o local, não as culpo, mas o nervosismo dessas pessoas fica tão grande que consigo sentir as vezes, a indignação de um voo atrasado, de cadeiras ocupadas, celular descarregado, esperas nas filas, malas caindo, perdendo tudo.
Mais eu nunca esqueço de sorrir, as vezes me olham estranho, mas aprendi que o dia fica melhor quando sorrimos, como da vez em que eu estava em correria para achar o portão, e vi uma família  grande, e pensei ser indiana pela características e as formas que estavam vestidas. Os mais novos estavam de cara no celular, o casal conversava com os outros adultos, provavelmente perdidos ou planejando alguma coisa da viagem, e lá no canto, uma senhora, de cadeiras de rodas, entediada e coberta com os panos, sua expressão estava triste. Ela me viu passar, eu a vi, e abrir o meu melhor sorriso, e me surpreendi com o sorriso dela, era maior que a minha fome. Eu passei em correria, mas ela não tirou o olhos de mim e com o sorriso no meio, uma onda de calor veio em mim, eu nunca me sentir tão feliz só pelo simples fato de sorrir e fazer outra pessoa sorrir. Eu amei aquela mulher naquele momento, deu vontade de voltar e conversar e ficar escutando ela sobre sua historia em outra língua.

Aeroportos, sinônimo de campo de aviões. Ou para mim, um novo momento.

(O que escrevi realmente aconteceu, assim como um post recente, onde muitos me perguntaram se realmente o que eu tinha visto era verdade, e é)

domingo, 10 de maio de 2015

Mãe, uma palavra, infinitos significados.


Meu cabelo estava preso em um rabo de cavalo, as pontas tocavam na minha nuca e arrepiava quando tocava no meu pescoço. Hoje era dia das mães na escola, a minha tinha mania de chegar atrasada, quase sempre. No começo eu ficava triste pelo fato de todos os meus colegas estarem com suas mães aos seus lados e a minha sempre chegar depois, eu dizia o horário e ela atrasava mesmo assim. OK. Eu já tinha chorado por aquilo uma vez, mas ela me contou depois o porque sempre chegava atrasada:
-Filha, calma, a mamãe estava trabalhando, mas já estou aqui – ela falou.
- Por que você tem que trabalhar? Você devia ser só minha. Eu preciso mais de você do que eles – falei tentando parar de chorar. Lembro daquele dia, eu devia ter nove anos. Ela me olhou com as sobrancelhas quase juntas.
-Filha, e se eu não trabalhasse? Como seria? Como você iria ganhar seu brinquedos? E seu todinho da tarde?  E cinema no domingo? – perguntou ela .
-Mas você disse que dinheiro não é importante, e sim o amor, e você ficaria o dia todo comigo, deixa que o papai trabalha, mas pouco, porque também quero ele só pra mim – finalizei . Ela sorriu e me abraçou depois.
Mas hoje ela sabia que eu ia apresentar um textinho sobre a mães, um discurso que a escola pediu para ler, e me voluntariei . Já estava na hora de eu subir o palco, me olhei no espelho, soltei os cabelos, se minha mãe me visse, veria como ela gosta. Passei a escova e ficou como sempre, como ela gosta. Escutei me chamaram e fui, subi as escadinhas, e fui olhando as mães na plateia com meus amigos ao seus lados, nada da mamãe. Ok. Vamos mãe , apareça, implorei na minha mente. Olhei mas uma vez pra plateia. E lá estava ela, mas linda do que nunca, sempre dava pra entender porque meu pai tinha se apaixonado por ela. Peguei o papel no meu bolso, era o texto que a escola tinha pedido pra eu ler. Olhei para aqueles trechos e de novo para minha mãe, eu precisava falar pra ela, com minhas palavras. Botei de novo o meu papel no bolso.

-Todos os dias, eu acordo e olho para ela, eu quero ser igualzinha a ela, quero imitar até a cor de batom. A pergunta que nunca cala na cabeça, é como ela consegue? Fazer um bilhão de coisas ao mesmo tempo e continuar maravilhosa. Talvez um dia eu entenda. – olhei para as mães sorrindo e seus filhos os abraçando – Dizem que o amor que sentimos por nossas mães,  não chegam nem perto do que o que elas sentem por nós, é inexplicável. Um dia quero entender. Todos os anos, presenteamos de diversas formas, mas acho que nenhum presente é suficiente para agradecer  e explicar nosso amor por elas. Ela é uma mulher da nossa vida, é nossa amiga. Um dia vamos querer sair dessa vida, como agora, queremos ser independentes, ir morar fora , ficar distantes, mas eu sei que a saudade vai ser grande, então todos os dias, temo que dizer que a amamos, nem todos os dias eu digo, e me arrependo, porque não sabemos o dia de amanhã. Mas mãe, eu te amo, e te agradeço por me ter nessa vida, eu não sei quem seria sem você, obrigado por tudo, a todas as mães, as todas rainhas, e heroínas, guerreiras, batalhadoras, todos os melhores adjetivos possível , pode ter briga, mas não dura nem segundos, a mãe é a nossa força, não precisa ter saído de dentro dela, ela só precisa criar e ensinar, e amar claro. Feliz seu dia – finalizei olhando para minha mãe.

Mamãe se levantou e gritou aplaudindo com as outras, e todas gritaram, mas não mais que minha, minha mãe, me chama de bebé na frente de todos, me deixa passar mico, mas não tenho vergonha, tenho orgulho, ela é tão tudo. Ela me abraçou forte e disse:
-Ser mãe, é ter um filho e não desisti dele, ou menos é uma das coisas que somos – sussurrando no meu ouvido. – eu te amo bebé.


Esse texto é homenagem ao trabalho que não tem salario, que a pessoa não para um segundo, não dorme, não come, e só faz isso aos seus filhos. Eu amo a minha. E por favor aproveite a sua. Nos dias de hoje, não parece, mas conheci pessoas que menosprezam sua família, sua mãe, sem respeito algum com quem é aquela pessoa. E quando perdem e se arrependem, não sabem o que foi. Sua mãe merece mais que o mundo.

Feliz dias das Mães rainha!

domingo, 26 de abril de 2015

Resenha- Objetos Cortantes

"Objetos Cortantes - Uma narrativa tensa e cheia de reviravoltas. Um livro viciante, assombroso e inesquecível. Recém-saída de um hospital psiquiátrico, onde foi internada para tratar a tendência à automutilação que deixou seu corpo todo marcado, a repórter de um jornal sem prestígio em Chicago, Camille Preaker, tem um novo desafio pela frente. Frank Curry, o editor-chefe da publicação, pede que ela retorne à cidade onde nasceu para cobrir o caso de uma menina assassinada e outra misteriosamente desaparecida.

Desde que deixou a pequena Wind Gap, no Missouri, oito anos antes, Camille quase não falou com a mãe neurótica, o padrasto e a meia-irmã, praticamente uma desconhecida. Mas, sem recursos para se hospedar na cidade, é obrigada a ficar na casa da família e lidar com todas as reminiscências de seu passado. Entrevistando velhos conhecidos e recém-chegados a fim de aprofundar as investigações e elaborar sua matéria, a jornalista relembra a infância e a adolescência conturbadas e aos poucos desvenda os segredos de sua família, quase tão macabros quanto as cicatrizes sob suas roupas. "



Esse livro é uma amostra que Gillian continua sendo uma das melhores, com a uma narrativa que não nos deixa dormir pelo fato de ser viciante, a história levada junto com a descrição faz com que os queixos caiam. Se prepare, é o que eu digo para quando começar a ler. 
Camille teve um passado em Wind Gap, uma cidade pequena que quando um faz alguma coisa de um lado, outros já sabem do lado oposto. Além de seu misterioso passado - que deixou cicatrizes em seu corpo - sua família guarda segredos um dos outros, segredos quais indicam sua personalidade verdadeira. 
Os crimes aconteceram, e o culpado não foi achado, Camille passa seus dias trabalhando investigando pessoas para o jornal de Chicago, Serial-Killer solto que além de enforcamento, tira todos os dentes de suas vitimas. O livro te atormenta, faz querer entrar na mente das pessoas cada vez mais, ou melhor não. Arrepia a cada pagina lida, surpreende em cada trecho lido.
Giliian mostra como podemos confiar nela em questão de leitura, mas deixa os leitores pensando mais ainda sobre quem realmente são as pessoas.
O livro pode ser psicológico  perturbador, mas o gostinho de querer mais fica na olhos que leem.

Resenha prometida e feita!
Espero que tenham gostado..

domingo, 19 de abril de 2015

Aqueles livros que irei ler!


É um vício e que não precisa de cura, porque ler, já é uma cura. Para inúmeros mundos podemos ir e conhecer muitos pontos de vista, só para poder abrir mais nossa cabeça. Eu leio para achar respostas.
E aí estão três novos livros que acabaram de entrar na minha lista de "Livros para ler".

  • Objetos Cortantes (mesma escritora de Garota exemplar ), já estou iniciando a leitura, a escrita só mostra como Gillian é melhor do que pensamos ser. Espero fazer resenha.
  • Quase uma Rockstar, ainda não tive oportunidade de conhecer a história, comprei por interesse.
  • O Mundo de Sofia, quem não conhece? Com varias pessoas já dizendo para eu ler, tive de pedir para minha mãe a nova versão. 
Por enquanto é isso. E notem meu novo marcador de imã, tão fofinho.

domingo, 12 de abril de 2015

Imagem antiga, mas virou nova.

(Primeiro me desculpe por está bastante tempo sem postar, os dias não foram os melhores, mas tudo melhora e o blog tem de continuar )


Tem cenas na minha cabeça que nunca esqueço, coisas que observo na rotina, diferenciando e surpreendendo o dia a dia. Cenas tristes e felizes, que não saem da minha cabeça, que participam dos meus pensamentos diariamente, mas somos nós que escolhemos se o que vemos, fica ou não na cabeça.
Certa vez, quando estava no aeroporto, para pegar minha mãe que chegaria de viagem, fiquei na porta onde ela sairia, esperando seu avião chegar. Observando o local e as pessoas ao redor, vi uma garota, encostada na parede. Seu estilo era forte, destacando talvez, sua personalidade, com cabelos laranjas e curto e preso em um pequeno coque, sua franja quase escondia seus olhos e uma badana preta contornava o cabelo. Usava uma roupa preta e quente, até bota usava, não sou de julgar, mas estava quente em Teresina, e pensei, “Porra, ela não está com calor não?”.
O avião tinha chegado, os passageiros já iam começar a sair, a garota ainda estava encostada na parede, e abriu um sorriso largo quando olhou para o portão aonde saia os passageiros, e de lá saiu um garoto, com roupa de exercito, e um chapéu na cabeça, com duas malas estilo antigo de alça, uma em cada mão. Ele era jovem demais para o exercito, com cabelo cortado, abriu um sorriso de orelha a orelha e foi correndo, deixou as malas caírem no chão, e o chapéu voou na correria. Abraçou a menina de cabelo laranja, com tanta intensidade. Eu sorrir com a cena, era tanta emoção que eu pude sentir.
Vi uma lagrima escorrer do olho dela, saindo do direito, sinal de felicidade. Os sorrisos não saiam dos seus rosto, eu só podia sentir felicidade ali.
Aquilo me fez lembrar dos filmes de guerra antigos, quando o soldado voltava das batalhas. Era uma imagem antiga que sentir, mas que ainda estava nos dias de hoje. Os dois se olharam e não disseram nada, só se admiravam com os olhos, acho que não tinham nada a se dizer. O amor estava lá, e eu presenciei.


( Sim, isso realmente aconteceu)

Espero que tenham gostado.

quarta-feira, 11 de março de 2015

E os contos de Fadas? (por Clara Leal). Fala pra Maria !


Alícia estudava quieta em seu quarto como um rato de biblioteca. Ela pode ter dez anos, mas é uma criança e tanto. Me orgulho de tê-la como irmã. Entrei em seu quarto apenas para deixar o livro que me pediu emprestado. Ela fez uma cara feia para mim:
– O que foi? – perguntei. Ela olhou pensativa para o livro, era um livro antigo de contos de fadas, mal me lembrava da historia.
– Não sei se ainda quero ler, é de conto de fadas? – ela perguntou e afirmei com a cabeça.
– Então não quero.
– Mas por quê? – perguntei assustada.
– Por que eu leria algo que não é a realidade? Pra eu ficar sonhando por aí? – ela falou com tom de arrogância.  – Louise, o mundo não é um conto de fadas não! Acho que você deveria saber.
Eu olhei mais assustada com as palavras e sorri. Eu já sabia que o mundo não era um lugar cheio de príncipes e princesas, eu já conhecia a realidade e nunca desejei tanto não ter que conhecê-la.
– Quem lhe contou isso? – perguntei.
– Umas meninas da minha sala, disseram que eu devia amadurecer, porque eu não devia mais ler essas besteiras.
Tive vontade de perguntar quem era e pedir que elas metam o seu nariz em outro lugar, mas eram apenas crianças. A verdade é que Alícia não é presa aos livros, ela também sabe viver o agora, acho que disso eu sei, quando ela inventa suas brincadeiras e nunca para de se divertir. E eu não poderia bloquear a realidade dela, uma hora ela teria que ver como é o mundo.
Olhei risonha e me sentei no puff de seu quarto. Alícia me olhou estranha.
– Alícia, quando as pessoas dizem: “O mundo não é um conto de fadas!” Quando falam isso não pensam como são os contos de fadas. Se pararmos para pensar, a maioria começa com uma grande tragédia, com algum momento triste e normalmente trazem problemas complexos. Posso até dar exemplos. Mas quero que você pense simplesmente nos filmes da Disney que têm “final feliz”. A verdade é que para chegarmos em algo muito bom, temos de lutar e sofrer.  No final das contas, os contos de fadas são tão a realidade quanto não parecem ser. O ser humano talvez sofra, mas ele sempre terá o “final feliz”. Basta acreditar. E por favor, nunca pare de sonhar. Nossas vidas dependem deles, mas não viva só de sonhos, e como disse Alvo Dumbledore, não vale a pena mergulhar nos sonhos e esquecer de viver. – falei sorrindo.
– Então?
– Ali, só não deixe de acreditar em si mesma. Essas garotas não sabem de nada. Você é muito mais.
...
Esse texto é o inicio de uma ideia da amariafala , de expor novos escritores. Fui honrada pra ser a primeira.
 O principal objetivo é compartilhar em nossos blogs as histórias minhas, suas, dos amigos, familiares, enfim. Histórias que você poderá assinar das seguintes formas: seu nome, um pseudônimo ou anonimamente. No caso os em anonimamente serão postados aqui, e com pseudônimo no da Maria. Quer saber mais , acesse fala pra Maria
Espero que curtam! 

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Especial Divergente - Insurgente



Nunca tive vontade de fazer resenha ou falar sobre Divergente. Sim, eu sei porque. Mas a verdade é que fui rever os trailers e lembrar como era tudo, como foi ler dois livros de uma só serie em uma viagem de não muitos dias. Foi um vício. Lembro quando terminei o último livro (Convergente) eu estava de partida para um outra viagem. E cá estou eu, tentando fazer um "Especial Divergente", sendo que ainda é o segundo filme. Faço então aqui um resumo de resumo.
Para quem não conhece a serie ou nunca viu o filme. Trata-se sobre uma sociedade, que é separada em facções, Audácia, Abnegação, Amizade, Erudição e Franqueza. Aos 16 anos, Beatrice Prior (Tris) tem de escolher qual facção ira ficar para o restos de seus dias. O teste, diz qual facção ela tem mais "tendência", mas o que ela não esperava, que ele resultasse em Divergente. Sendo assim, uma "falha", que ela tem de manter segredo por um tempo, logo ela escolhe Audácia como sua facção,sobretudo, porque estava transtornada com sua antiga facção, Abnegação.
O livro nos surpreende com as aventuras de Tris e Quatro, e ainda mais com as loucuras da sua nova facção. O que é mais gosto de escutar, é quando alguém fala que se fosse escolher uma das facções, seria Audácia, adrenalina pura.
Em Insurgente (cuidado, pode haver spoiler a seguir em diante) com as facções desmoronando, Tris começa a ficar mais altruísta após o falecimento de seus pais e tem que lutar contra seus inimigos e ficar mais forte. Mas eu fiquei muito irritada com a Tris, as vezes eu tinha vontade de abrir o livro e chutar a cara dela, mas isso eu não vou explicar  pelo fato de que desejo que você leia ou veja o filme futuramente.
Logo em seguida vem o último livro da serie, fechando a trilogia, mas vou esperar até o próximo filme! (ansiosa)
E tem o  Quatro, como  extra para saber um pouco mais do mundo de Tobias.
E por favor, nunca conte o final!
FATOS SOBRE MEUS LIVROS DA SERIE:
  • Livro mais emprestado.
  • Mais comentando entre meu grupo de livros.
  • Lidos mais rápidos.
ALGUNS DOS TRAILERS DE INSURGENTE:
(Faltam 22 dias para o filme lançar!)










Espero que tenham gostado!

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

E o medo?


Quando somos crianças, pensamos que nossos maiores medos são os monstros que ficam debaixo da nossa cama, ou dentro do armário. Não posso mentir, mas até hoje tenho medo de olhar no buraco do bicho papão. Fato é, existem monstros piores do que aqueles que estão dentro de nossa cabeça. Os da realidade.
O ser humano é medroso, e acho que nossas escolhas são determinadas por isso, porque estamos sempre tentando fugir do medo. Detalhe, a cada postagem minha, tenho medo. Medo do que pode acontecer, assim como a cada palavra dita ou escrita. 
Verdade que temos que enfrentar nossos medos. Fácil na teoria, difícil na prática. Digo isso, porque não é de uma hora para outra que conseguiremos lutar com algo que tememos. Os medos vivem conosco. Sem perceber já estamos tão acostumados com eles, que conseguimos conviver com cada um deles. Não podemos evitar, porque realmente terá uma hora que teremos de lutar contra o medo.
Eu estava com medo, que o evitava, ignorava cada comentário que se tinha haver. Medo da guerra, não conseguia escutar ou suportar qualquer tipo de som de discussão, eu só evitava, pensei que primeiro era raiva, ou ódio. Posso explicar o porquê, mas não vale a pena ficar chorando por um medo que nem sei se algum dia vai conseguir derrota-lo. Então procurei entender, a verdade é que ainda é triste, mas já consigo compreender. E entendi que somos nós que formamos o medo. Pois cada um tem o seu.
Não adianta tentar ignorar, eles caminhão ao nosso lado. Vivendo com a gente.


"Às vezes vão. E às vezes são apenas substituídos por novos medos. Mas o objetivo não é perder o medo. Isso seria impossível. Aprender a controlar seu medo e libertar-se dele é o verdadeiro objetivo."
-Divergente.

Desculpem não ter postado semana passada, ainda estou acostumando com a rotina. E trago novidades junto com a Maria, mas é surpresa ainda. Dar uma olhada lá no blog da a Maria fala, e com ótimos trechos no seu instagram (@amariafala_)
Beijos espero que tenham gostado!

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Back for Teresina.

( foto tirada em um paredão frente ao Hard Rock café da Argentina)

Cheguei no meu lar, a verdade é que sentir saudades, mas sinto mais ainda a cada dia, a saudade de está em outro lugar com seus amigos. Amigos que quero guardar.
Posso dizer, não foi uma viagem, "cultural", mas bastante divertida, não só pelo fato de ter parques de diversões com inúmeros brinquedos com bastante adrenalina, sem contar com a tirolesa de 240 metros que voei por de uma montanha a uma praia, isso foi no parque uni praias em Balneário de Camboriú, e recomendo como recomendo um pudim. Mas foi depois de ótima, é bem clichê, mas fiz amizades, deixando a viagem cada vez melhor.
Eu daria tudo para dar mais uma caminhada em todos os lugares que fui.
Essa viagem para mim foi outra experiencia , principalmente porque mesmo com a guia, cada um cuida do seu nariz, cuida das suas coisas. E claro tinha as saudades dos pais. Mas eu vi com outros olhos, pois já havia passado em cada canto daquelas cidades.
Queria poder falar de cada momento que tive lá, mas como muitas historias, ficam guardadas aqui, no coração. Eu poderia contar o roteiros de viagem, mas isso quero como um mistério, porque ele não um segredo, na verdade é fácil de achar. Uma dica, foi três bandeiras.
As fotos, que não foram poucas, você pode ver algumas no instagram (@claradopudim), e qualquer dia desses posso mostrar aqui as melhores, mas ainda tenho que fazer uma seleção.
E a minha dica hoje é como as muitas minhas : viaje , vale a pena. E faça o favor de escolher as melhores para ir junto. Ou não, muitas das amizades que fiz foram inesperadas.


Beijinhos e espero que tenham gostado.
Agora é volta as aulas.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

15 em 2015

Para ser sincera, não espero tanto de 2015, na verdade tudo está otimo. Mas está só melhorando. Começando pelos trilhões de livros que vou começando a ler para este ano, e de inicio em janeiro, com uma viagem, Três bandeiras pelo sul do país, Argentina e Uruguai. Espero postar durante algum dos dias, mas não posso contar com o tempo.

Abaixo relacionei alguns livros que irei iniciar a leitura junto com o novo ano.
Essas fotos vão para os leitores do mundo, porque para quem não sabe, hoje é dia do Leitor (07/01) e portanto, é meu dia também, e seu, que está lendo isso agora.
Bom , vai ai a lista:

  • Quatro ( que já estou lendo)
  • Os cinco porquinhos
  • Bruxos e bruxas
  • O livro das criaturas do Harry Potter (MARAVILHOSO)
  • Pra onde ela foi
  • Branca de Neve e o Caçador
  • O casamento
  • Um amor de Cinema
  • Auto da compadecida 
  • Dezesseis Luas
  • Gregor,o guerreiro da superfície  
  • O guia do mochileiros nas galaxias ( não está na foto)
  • English is not Easy
  • Diário de um banana (3 e 4)
E muito mais....  As promessas feitas nos pulos das ondas na praia, ficam comigo, e sim um dia der certo, talvez possa ter novidades.



Beijinhos e feliz 2015