quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

A história de um óculos voador (Por Clara Leal)

Não sei a data em que fui comprado, mas sei que foi em uma loja de sovines nas ruas de Londres, perto de um restaurante Italiano, e só sei disso por causa de um berro que escutei uma vez e a língua era Italiana. Vários turistas olhavam pra mim, mas nenhum me queria. Mas teve um dia, em uma primavera, e uma garota perto dos doze anos me comprou, não fiquei muito feliz com isso, eu apenas via a minha hora de destruição.
Mas ao passar dos tempos , percebi que aquela garota era esperta, subestimava as pessoas de um jeito fácil, e sempre por bem, ela pensa. Eu pensei que pelo o estado financeiro dela, compraria óculos caríssimos, e me esqueceria. Mas em sua primeira viagem, que foi alguns anos depois, ela me levou. E foi ali que comecei a voar.
Comecei a voar em outros mundos, de diversas culturas, com pessoas diferentes, não provei da comida, mas sim, era diferente. Eu só tenho inveja do óculos de grau da amiga dela, sempre conseguindo ver a noite, com suas famosas luzes, fiquei tão invejado quando fomos a Paris, e só pude ver nos avião quando estávamos de saída a Veneza. Mas sim, valeu a pena.  Mas eu tenho a sorte das épocas em que vamos , os dias sempre são maiores. Aproveito mais.
Nesse momento estou dentro do avião posto em seu bolso da jaqueta, voltando a nossa casa, Brasil. Ela dorme com calma, e olho a janela, o sol está surgindo. E consigo ver um detalhe no qual minha dona ficaria louca, “é magnifico” , ela diria, e realmente é, isso é um dos motivo de gostar do que sou. O nascer do sol, com as nuvens de um lado para outro, e pequenos pássaros aparecendo. Todos dormem e nem sabem da obra que está por fora desse avião gigante.


Espero que tenham gostado, o texto foi inspirado nas fotos antigas do óculos, não se recordam mas tem uma foto no instagram com a legenda do titulo.

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